BLOODY DISGUSTING (23.02.2023) – Do diretor de Happy Death Day e Freaky, Christopher Landon, a aventura familiar estilo Amblin We Have A Ghost oferece emoções paranormais para balancear o coração.

O coração vem através de seu protagonista central, Kevin Presley (Jahi Winston), um adolescente com tendências musicais que tem problemas com seu pai, Frank (Anthony Mackie). Kevin está desiludido com o novo começo de sua família, incluindo a casa que precisa de uma reforma que Frank acaba de comprar. O adolescente é o primeiro a descobrir que sua casa não apenas parece mal-assombrada, ela é mal-assombrada. Encontrar um fantasma chamado Ernest (David Harbour) muda a família Presley quando seu encontro se torna viral nas redes sociais, iniciando uma louca aventura. 

Antes do lançamento do filme na Netflix dia 24 de fevereiro, a Bloody Disgusting conversou com Winston e Mackie sobre seus papéis e desafios, revelando suas opiniões contrárias ao terror. 

Primeiro, Mackie explica como ele se conectou com Frank, um pai que está em conflito com seu filho mais novo, e como ele trouxe um laço familiar ao set. 

“Bem, para mim, na vida real, sou o pai de um adolescente,” Mackie conta. “Então, é aquela ideia de aprender a se comunicar; a diferença de comunicação entre uma criança e um jovem adulto, porque percebo isso agora, em cinco anos meu garotinho será um adulto. Então como você se comunica de maneira diferente com ele? Eu não posso mais pegá-lo no colo e dar beijos, então tenho que o tratar como se ele fosse um pequeno ser humano que toma decisões.”

“Quando eu estava lendo o roteiro, eu achei que Chris [Landon] lidou com isso de uma maneira brilhante. Isso pode ser muito frustrante como pai, e todas as intenções e desejos que você tem para o seu bebê, o seu bebê agora é um jovem homem. Você tem que tratá-lo com respeito e da forma como ele deseja ser tratado e lhe dar espaço.”

O papel de protagonismo de Winston fez com que ele passasse o maior tempo com o Ernest de Harbour, um personagem que precisou de muitos passos para atingir o efeito de fantasma. 

Quando perguntado se isso adicionou algum desafio para ele, Winston respondeu, “Não tão desafiador quanto você poderia imaginar porque eu tinha David ali, que obviamente é um ator incrível para se trabalhar. Ele não fala muito, mas não estava menos do que 100% comprometido. Então isso foi ótimo. E eu também tinha outros atores incríveis para observar, o que foi muito interessante. Durante o primeiro mês de filmagens, fizemos a maior parte das cenas em família, então parecia que estávamos filmando uma sit-com no primeiro mês. Então foi tipo, ‘ah sim, isso é um filme de fantasma.’ Você se lembra do que realmente é. Mas foi ótimo. Foi incrível trabalhar com Chris, e eu acho que provavelmente teria sido muito mais difícil se eu não tivesse um diretor tão incrível porque os dias eram longos, e estávamos filmando em Nova Orleans. Estava muito quente. Muito, muito quente. E era aquele calor úmido. Seria diferente se estivesse seco, mas era esse calor escaldante. Foi intenso. Mas sobrevivemos, e foi ótimo. O amor e companheirismo entre nós e todo mundo realmente brilha quando você assiste o filme.”

Mesmo que trabalhar com um fantasma não tenha sido tão desafiador quanto esperado, tinha uma exceção. Uma complicada cena de perseguição de carro que envolvia múltiplos veículos e a habilidade de um fantasma de passar por objetos físicos. 

Winston conta, “Agora, isso foi um desafio. E era isso. Porque essa foi a sequência que nunca morria. Na verdade filmamos a maior parte dela em localizações, e foi uma semana intensa porque, bem, para início de conversa, parecia que estávamos filmando a mesma coisa de novo e de novo e de novo. Tinha horas que eu olhava para o David e perguntava, ‘A gente não acabou de filmar isso?’ Então o assistente do diretor vinha e dizia, ‘Não, essa foi a primeira parte. Agora estamos fazendo a parte que blablabla.’ Eu dizia, ‘Ok, então ainda estamos aqui, nesse carro.’ Horas e horas nesse carro muito quente, não podemos ficar com o ar condicionado ligado durante a gravação porque mexe com o áudio, então foi intenso. Entre as tomadas, eles vinham com esses ventiladores e água e tudo, o que era muito. Mas foi divertido, porque era tipo, ‘Jesus. Chris, estou implorando.’ Ah, foi divertido.”

Os Presleys iniciam os acontecimentos do filme quando o personagem de Mackie, Frank, discute com sua esposa, Melanie (Erica Ash), sobre como lidar com morar com um fantasma. Perguntar se Mackie era mais como Frank ou Melanie nesse cenário levou a revelações surpreendentes sobre o nível de tolerância ao terror. 

“Bem, Erica Ash é uma amiga de longa data e uma das melhores esposas de filme na história das esposas de filme, e ela nos manteve unidos de uma forma que apenas uma mãe pode,” Mackie faz um prefácio a sua resposta. “Mas ela ia perder essa batalha, e ela ou viria comigo ou ficaria lá para ser a esposa de um fantasma e aproveitar o resto de sua vida com ele pois eu estaria o mais longe possível. Eu me assusto muito facilmente quando se trata de filmes de terror. Eu estava fazendo uma peça em DC no Kennedy Center, e passei por essa escada e caí de joelhos. Meu amigo perguntou o que tinha de errado e eu disse, ‘Essa é a escada do Exorcista. Essa é a escada. Essa é a escada.’ Literalmente, eu procurei a escada, e meus joelhos tremeram. Todos esses filmes, o cinismo, quem morre primeiro, o assassino, todos esses filmes, não, não consigo. Michael Myers? Não. Jason Voorhees? Não, não. Não consigo”

“Eu amo eles,” diz Winston.

“Ah, você está fora de si,” Mackie responde e então brinca, “Eu estava no avião, estava assistindo Sinister Parte 5. Eu não sei porque assisti. Eu estava de fone, e com 20 minutos de filme, a comissária veio e disse, ‘Você está gritando. Desligue o filme.”

Um Winston divertido não hesita em responder se ele é mais corajoso que sua co-estrela. Ele diz, “Claramente. Claramente, eu amo terror. Sempre gostei muito de coisas macabras e estranhas. Então amo tudo isso. Mas meus pais são pastores então eu não podia entrar muito nisso. E em algum ponto, eles pegavam a bíblia e me amarravam. Sabe o que estou dizendo? Seu eu ficasse muito doido. Mas sou um fanático por terror. Eu amo terror.”